15/03/14

Raízes? …



Era jovem, bonita, divertida, em busca de um caminho que lhe permitisse a satisfação de um sonho… Minha conterrânea, tal como eu frequentávamos explicações em áreas diferentes do saber para prosseguir os estudos académicos e continuávamos em minha casa por mais algum tempo a estudar e conversar com o beneplácio de minha companheira.

Confesso-me pecador na atracção e na vontade de ir mais além, mas transformava isso em carinho e respeito pelos compromissos por mim já assumidos para além do respeito pelo sonho que ela acalentava e com determinação perseguia.

Anos mais tarde nossos caminhos voltaram a cruzar-se. Tinha-se casado com um colega meu do Tchivinguiro, meu amigo, que cumprira o serviço militar obrigatório na mesma época que eu. Novamente nossos percursos de vida levaram-nos para horizontes diferentes e muitos anos depois venho encontrá-la no lançamento de um seu livro.

Na altura, o marido ainda era vivo e tive a oportunidade de abraçá-lo. O mesmo carinho não havia sido em nada afectado pelos longos anos de ausências, de percursos diferentes … A amizade prevaleceu e estou grato!




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