Porque será que insistimos em contar ás criancinhas histórias de
príncipes e princesas que casam, têm muitos filhos e são felizes para sempre?
A versão moderna destes contos infantis são as chamadas revistas
cor-de-rosa que exibem uma vasta gama de "beautiful people"
permanentemente rodeada de amigos, casas, carros, iates e filhos sempre
divertidos e bem vestidos.
Façam o que fizerem, digam o que disserem, a ideia é dar a todas estas
pessoas uma imagem próspera e feliz.
Tudo à nossa volta parece indicar que o casamento é sinónimo de
felicidade e estabilidade imediatas e nada nem ninguém nos prepara para a realidade que pode ser
incrivelmente feliz mas passa por fases de adaptação e tem, necessariamente
altos e baixos.
Por outro lado, nunca ninguém diz que, após o nascimento dos filhos,
muitos casais entram em crise. A ilusão que persiste é a de que um filho pode
salvar um casamento mas, na verdade, um filho raramente salva um casamento em
crise. Antes pelo contrário, pode gerar desentendimentos até num casamento
razoavelmente estável. Casar ou ter filhos podem ser experiências
extraordinariamente importantes e construtivas desde que vividas de forma
realista. Desde que não contemos com aquilo que ninguém nos pode dar.
Um casamento feliz não tem nada a ver com o clássico mas sim com um
investimento afectivo diário, com uma vontade de fazer mais e melhor e com uma
aposta permanente no crescimento, valorização e realização do outro.
Daquele que está ao nosso lado. Só prestando atenção ao outro e ás suas
próprias expectativas de felicidade é possível ser feliz e, então sim, ter
muitos filhos e ficar juntos para sempre.
Laurinda Alves "xis
ideias para pensar"
Para sempre se houver amor, e muitos filhos....bem nos dias de hoje, vá lá vai... claro :)
Para sempre se houver amor, e muitos filhos....bem nos dias de hoje, vá lá vai... claro :)
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