Vejo,
aprecio, analiso, a figura feminina que se me apresenta ...
casualmente, numa intersecção de trajectória, de percurso de vida que
nos obriga por razões profissionais ou sociais ao contacto...
E
sinto o "estalo"... o estrelejar do fogo de artifício, das ilusões da
juventude entretanto perdida, vivida ou não, não importa! O que é
importante é "aquele momento". supremo na vivência da minha
interioridade, que recuso manifestar na sua grandiosidade perante "ela",
sendo que "ela" não é uma, são muitas ao longo da minha vida e que com
a manta ignífoga vou cobrindo sem deixar de sentir o fogo a queimar o
meu Ser!
Então pergunto-me dos
parâmetros de fidelidade e se não será quebra desses parâmetros os
sentimentos que outras me despertam! ... Não tento conciliar os "muros"
entretanto erguidos pela minha consciência, mas não deixo de apreciar o
perfume, o odor, o calor, o breve contacto da pele seja por um beijo
na face, um aperto de mão, um breve roçar de pele que transmite muito
mais do que esse contacto fortuito!
É a troca, a
correspondência da identidade que nos faz sentir bem connosco e com
quem nos relacionamos... Muitas vezes, um simples olhar ou um sorriso
...
E tantas vezes me retraio... me contenho e não manifesto o
meu estado de espírito no relacionamento com os outros... e tantas
vezes me recrimino por ser tão contido. tão algoz do meu Ser, a ponto
de me sentir carcereiro de mim próprio!
Como me liberto... se eu sou o meu próprio carcereiro????
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