Era o silêncio sobre a terra. O mundo estava preparado. No seu lugar, cada objecto esperava o início.
O sol esperava. O mundo estava preparado e suspenso.
Ele e ela caminhavam na rua. Pensavam em qualquer coisa que não era nem a terra, nem o sol, nem julho. A rua ficou deserta quando se aproximaram.
Esqueceram aquilo em que pensavam.
E o lugar das ideias que tinham ficou vazio de tudo menos daquele instante igual, a divisão de um instante, um instante espetado dentro de um instante, o mesmo ponto de tempo em que olharam um para o outro.
Dentro daquele momento, como dentro de toda a eternidade, aquele foi um ponto de tempo feito de terra e de sol e de julho. E o tamanho da terra entrou pelos seus passos. E o sol entrou pelos seus olhares.
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