(...) Sei que no sol do Mar existem muitas dimensões, que nos olhos duma criança Deus viu a sombra das rosas e na sua ternura o gosto do mel. No nordeste, essa ilha de exóticos esplendores, comtemplei o principio das coisas e nele atravessei os dias que me faltavam.
Menina da água cresceu junto ao rumor dos inumeráveis arvoredos das estações, quase sempre descalça, cantando um tempo imperecivel nos domínios da exasperação e do folguedo inocente. A sua idade é como um circulo de deslumbramentos: volta sempre ao principio. mesmo no corpo da mulher a menina se expressa: afagando simbolos antigos, amando vozes nos milherais da tarde, os crespos odores da humidade sobre o funcho, o agreste tropel dos cavalos no estio. Por ela corri ao encontro do meu rosto. (...)
E. B. Pinto
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