26/04/13

Publicado no FB há algum tempo, mas que acho valer a pena constar neste blogue:

"Estados de alma

Ao longo da minha vida, nem sempre profícua, enfrentei muitos desafios, perigos, bons e péssimos momentos que marcaram de forma indelével o carácter e personalidade daquilo que hoje represento perante mim próprio, porque perante os outros, a sociedade em geral, “estou-me nas tintas”, com a reserva para os meus amigos/familiares que ao longo do tempo têm manifestado o seu afecto e solidariedade, a meu pai, principalmente, pelo seu exemplo de carácter, honestidade, perseverança e carinho.
Na encruzilhada que há uns tempos enfrento, percebi agora uma coisa: Eu não sou só o passageiro que tomou o comboio da vida a determinado momento, eu sou também o maquinista, o condutor do comboio da minha vida, e daí posso escolher, salvo imprevistos de força maior, o apeadeiro em que quero descer.
Daí, agora me sentir livre no espaço e no tempo para decidir o tempo oportuno e estar-me “nas tintas” para as opiniões dos “especialistas” que mais não fazem do que garantirem a sua própria sobrevivência através do emprego.
Ao longo da vida empalei três cavaleiros do apocalipse. Sei que não me é possível empalar o quarto (o que monta o cavalo baio, facilmente substituível, pois já o matei várias vezes). A morte faz parte da vida, mas não é mais do que uma transformação de energia, ou seja, passar a nossa energia de um envelope para outro que desconhecemos.
Por agora me fico. Muito mais tenho a dizer!"


Pois... Na última consulta no IPO-FG, onde ainda trato dos danos colaterais do tratamento do cancro, entre muitas outras questões diz-me a médica: "tem recusado e dispensado algumas consultas de especialidade", pois, digo eu, sujeitei-me uma vez a ser cobaia e depois de seis meses de tratamento estou há dois anos e meio a tentar recuperar de danos colaterais, e você foi a única que se interessou pela causa. Só posso dizer que somos amigos!(outros temas da conversa são omitidos propositadamente) Sorriu e perguntou, precisa de alguma receita? Respondi: Só se for para comprar tabaco, mas não tem comparticipação... não vale a pena! Sorriu e disse: como não tem mais ninguém a acompanhá-lo vou-lhe marcar um TAC cervio-toráxico. Pois, disse eu, o único exame que me faziam na ORL era puxarem-me a língua e dizerem-me diga iiiiii e eu dizia éééé. Resposta: Está tudo bem e o carneirinho ia-se embora para voltar no mês seguinte a fazer a mesma coisa... até que o carneirinho disse BASTA!

Inté.... num dia, noutro tempo, noutro ou neste lugar!

Um grande abraço!

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