"(...) Agora em especial para ti: do lugar de onde estás, tu próprio és o assunto que melhor vês, tu és a pessoa que está mais perto de ti. Por esse motivo, é normal que te pareça que cada detalhe é fundamental, essencial, que não podes viver sem ele. Mas podes. Os outros, esses que te telefonam todos os dias, que te escrevem emails e te perguntam: já está?, onde é que está?, porque é que não está? Esses parecem gigantes, têm os olhos muito abertos, mas, sabes, quando adormecem, são meninos indefesos. Como tu, também eles recebem os mesmos telefonemas, os mesmos emails e, como tu, também eles, se encolhem ante gigantes, olhos muito abertos, que, por sua vez, fazem a mesma coisa com outros e outros e outros. Se eles te perguntarem: já está? Podes responder: não, não está. E tudo continua. (...) Se não tiveres um texto como este para escrever, terás algo que desconheço, mas sei que existe. Por isso respira. O ar é fresco."
In Abraço, J.L. Peixoto
Se você desenhar talvez fique mais claro a mensagem que quer passar, por vezes você acha que facilita escrevendo e na verdade você dá um nó na cabeça das pessoas.
ResponderEliminarMuito complicado e sem pé e nem cabeça.
O texto é do Autor José Luis Peixoto, como está referenciado. Para mim é claro como água mas obrigado pelo comentário.Fala da pressão que todos somos sujeitos no dia a dia para cumprir os nossos prazos e tarefas e da necessidade de impormos a nós proprios limites e sermos razoáveis. Dizer não é importante. Sujeitar-nos a tudo sem nos respeitar a nossa própria saúde mental não presta. Ninguém é obrigado a passar por aqui ou a gostar do que coloco no meu canto.
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