O abraço

O abraço …

O conforto e a tranquilidade que nos transmite

A esperança das sinergias que desperta

As emoções envolventes que enobrecem

O carinho que aconchega e eleva a energia …

O abraço …

Um dia disse à minha companheira,

Se vir um meteorito voar velozmente

Na minha direcção, eu abro os braços e digo-lhe

Vem, eu dou-te um abraço!

Ele nunca veio, não sei se por despeito,

Não sei se por desprezo,

Ou qualquer outra razão

Talvez … o cheiro dos meus sovacos!

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Éramos jovens, noivos, olhou para mim com um sorriso doce e disse: - Tu és maluco. Respondi: -Pois, os Mukubais chamavam-me de “minino maluco”. 

–Porquê?

-No último ano do curso num fim-de-semana fui ao Bruco e vi um bando de baduínos à volta de uma árvore a comer uma fruta amarela. Pareciam bêbados, aproximei-me, dei conta que havia três mukubais a apreciar a cena, agarrei num fruto e bebi-o mais do que comi. O maioral do bando avançou para mim aos gritos e aos tropeções. Enfrentei-o com a navalha, feri-o num braço e ele desistiu. Sentia-me tonto e bati em retirada.

Quando acordei estava numa cubata dos mukubais com uma dor de cabeça tremenda. Deram-me uma poção mágica e em pouco tempo estava pronto para voltar à Escola, só que já era o dia seguinte.

Agradeci a hospedagem e responderam-me: Oh “minimo maluco” cuidado com a danda negra e com os mabecos. Saudei-os e respondi: Vocês também andam por aí! Riram-se.