Era jovem,
bonita, divertida, em busca de um caminho que lhe permitisse a satisfação de um
sonho… Minha conterrânea, tal como eu frequentávamos explicações em áreas
diferentes do saber para prosseguir os estudos académicos e continuávamos em minha
casa por mais algum tempo a estudar e conversar com o beneplácio de minha
companheira.
Confesso-me
pecador na atracção e na vontade de ir mais além, mas transformava isso em
carinho e respeito pelos compromissos por mim já assumidos para além do respeito
pelo sonho que ela acalentava e com determinação perseguia.
Anos mais
tarde nossos caminhos voltaram a cruzar-se. Tinha-se casado com um colega meu
do Tchivinguiro, meu amigo, que cumprira o serviço militar obrigatório na mesma
época que eu. Novamente nossos percursos de vida levaram-nos para horizontes
diferentes e muitos anos depois venho encontrá-la no lançamento de um seu
livro.
Na altura,
o marido ainda era vivo e tive a oportunidade de abraçá-lo. O mesmo carinho não
havia sido em nada afectado pelos longos anos de ausências, de percursos
diferentes … A amizade prevaleceu e estou grato!
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