18/04/14

Ramalho Eanes

Desde há quarenta anos o único Presidente da República Portuguesa que honrou e dignificou o cargo, a Nação e respeitou o povo:

"Ramalho Eanes, perante as dificuldades financeiras da Presidência da República, vendeu. Sim, VENDEU A SUA PRÓPRIA CASA DE FÉRIAS, na Costa da Caparica, para pagar os custos inerentes à Presidência da República... Ou seja, custos que deveriam ser suportados pelo Estado.
 
Mais, não tendo, efectivamente, a Presidência fundos suficientes, Ramalho Eanes mandou virar dois fatos (na altura ainda se usava recompor e remendar a roupa), sendo que o alfaiate (do Norte) lhe ofereceu tecido para lhe fazer outros dois, pois Ramalho Eanes não usava Armani. 

Quando pretendia falar ou aconselhar-se com alguém, convidava-o não para jantar, mas para tomar chá no fim do jantar para evitar custos desnecessários ao Estado.

Consta até que lhe terão oferecido acções da SLN-BPN, mas recusou.
 

Mas mais, muito mais.
 

Aquando do seu segundo mandato presidencial, Ramalho Eanes foi confrontado com a aprovação, pela Assembleia da República, de uma lei, especialmente criada com a intenção de lesar os seus legítimos interesses.
 

De facto, a chamada lei "ad hominem" (a lei para aquele homem), foi criada para evitar que o General Ramalho Eanes viesse a acumular o seu salário de Presidente da República com "quaisquer pensões de reforma ou sobrevivência que auferiam do Estado", isto é, com a sua pensão de General 4 estrelas. 

Mas, Ramalho Eanes não obstante estar consciente da intenção dolosa desta lei soarista e das suas implicações na sua futura reforma, não hesitou em promulgá-la. E, quando concluiu o mandato presidencial, Eanes optou pela sua reforma enquanto Presidente, por serem estas as suas últimas funções, prescindiu da sua reforma enquanto General de 4 estrelas.
 

Anos depois, após parecer do Provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues, segundo o qual todos os Presidentes deviam ser tratados de igual forma, a referida lei foi revista por iniciativa de José Sócrates. E, não obstante, poder ser ressarcido dos retroativos que lhe eram devidos e que se cifram a 1.300 milhões de euros, Ramalho Eanes recusou recebê-los!
 

Ramalho Eanes é, portanto, um exemplo a seguir. E, por isso
mesmo, lhe dou cinco das suas estrelas!
 
É o único que merece todos os privilégios por ter sido Presidente da Republica!
 

Bem haja General..."


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