O tempo a compasso … ou a compasso do tempo …
Há medida em que vamos vivendo o momento que passa fica
sempre algo registado para memória futura, mesmo que o não queiramos ou não lhe
atribuamos qualquer importância.
A seu tempo num momento futuro, um breve contacto
(telefónico, um olhar, uma carícia, uma fisionomia, uma paisagem, um aroma, um
som ou silêncio) traz-nos à memória momentos vívidos de prazeres intensos ou de
sofrimentos, perdidos ou fechados no nosso inconsciente e só então … então
damos conta do compasso do tempo.
Ontem tive a oportunidade de espreitar algumas fotografias
do 6º almoço convívio do Curso de Oficiais Milicianos, o primeiro Curso
realizado em Angola sob a “batuta” dos Comandos. Com o PC na mão fui directo
para um espelho e olhei-me. Voltei a olhar para as fotos de meus amigos,
incrédulo. Reconhecia-os, voltei a olhar para o espelho e percebi que o compasso
do tempo tinha sido muito generoso comigo, apesar das agruras.
Uma lágrima teimosa correu-me pela face enquanto pensava que
vida difícil teriam eles tido! Mas estavam sorrindo e, enternecido, sorri para
eles. Bem hajam!
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