E os lábios não sabem responder. Procuras as tuas mãos de modo a poderes tornar sólido, em silêncio, tudo aquilo que se passa dentro de ti
encontras desenhos desconhecidos nas costas de outrem
usas sonhos que teimaste em não usar com mais ninguém: descobres em ti um sorriso inerte que incomoda e que implode
sentes a pele novamente a esticar-se, como se alguém te ocupasse por dentro, a crescer inevitavelmente
até que te rasgue a pele e ocupe o teu rosto
procuras os amigos para trocar algo que não sabes nomear. dizem-te:
os teus ombros carregam o peso do mundo
reconheces, então, que sabes de cor todos os nomes, todas as faces e cicatrizes que criaste.
you can make me smile
tomas para ti a sensação do tempo diluído nas pálpebras, as mesmas que teimas em fechar quando olhas de frente o medo
o mesmo que nos faz criar máscaras em vez de pele ou mágoas em lugar de paz
há em ti uma guerra imortal
e tudo o que consegues sentir é a brisa leve, sentado na varanda sobre o mar, onde sabes que um dia te irão reconhecer.
reconheces, então, que sabes de cor todos os nomes, todas as faces e cicatrizes que criaste.
you can make me smile
tomas para ti a sensação do tempo diluído nas pálpebras, as mesmas que teimas em fechar quando olhas de frente o medo
o mesmo que nos faz criar máscaras em vez de pele ou mágoas em lugar de paz
há em ti uma guerra imortal
e tudo o que consegues sentir é a brisa leve, sentado na varanda sobre o mar, onde sabes que um dia te irão reconhecer.
Sérgio Xarepe
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